“Eu Resgatei”: A história de Suri resgatada por Patrícia Gouveia

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Cão solto no estacionamento: a triste realidade do abandono

Em Dezembro de 2017, eu estava trabalhando na minha loja, sou designer de interiores, tenho uma loja da Italínea, que fica num prédio comercial com estacionamento, quando comecei a ver uma cachorrinha sozinha andando atrás das pessoas que iam e vinham do estacionamento.

Isso me intrigou e perguntei para o segurança que me disse que ela foi largada ali por um carro e não conseguiram anotar a placa. Isso foi por volta de 14h00. Às 20h00 quando ia fechar a loja ela ainda continuava lá.

O resgate: como aconteceu

Como eu era voluntária da ONG Indefesos (https://www.osindefesos), não poderia deixá-la ali e ir simplesmente embora. Chamei-a e veio até mim. Comprei comida, manta e deixei ficar na minha loja. No dia seguinte levei para tomar banho e no veterinário pois estava urinando com sangue.

O veterinário disse que ela estava com infeção urinaria e anemia. Descobrimos que era velinha (12/13 anos), lotada de tártaro. Fui cuidando dela na loja enquanto procurava adotante. Ficamos na loja de 8h00 às 20h00 então ela estava acostumada com a rotina dela e me seguia para todo lugar sem precisar de guia.

Suri foi adotada: um adeus definitivo?

Apareceu uma moça interessada, passados 15 dias, e doei com coração apertado.

Fiquei vários dias preocupada com ela pois a moça me dizia que ela estava sempre deitada na cama e quase não comia, bem diferente do que acontecia aqui a loja.

Passados 5 dias, meu marido viu minha tristeza e disse: “Vamos buscá-la”, falei com a moça que concordou.

Quando me viu ela veio correndo para dentro do meu carro, chorando de alegria de me ver. Levei para casa, apresentei para minha Bull Terrier que é um doce e a adotou na hora.

Suri em casa: lar definitivo

Curei sua anemia, levei para tirar tártaro, e ensinei lugar de fazer xixi.

Era medrosa, se levantávamos o tom de voz se encolhia toda, quando fazíamos carinho ficava tensa e assustada, nervosa cada vez que eu saia de casa pois era a referencia que ela tinha e quando estava em casa me seguia o tempo todo.

Ela pedia carinho, recuperou peso, aprendeu a brincar, pedia para passear, adorava todo mundo da casa, não ficava mais ansiosa me seguindo.

Junto com Kyra foram nossas daminhas de casamento em setembro de 2018.

Suri se foi repentinamente em 2020. Não viajou pelo mundo, mas conheceu a praia, parques e tomou água de coco nos passeios para pegar sol que fazia com minha filha Inês.

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