Por ter 1,47 cm algumas pessoas insistem em me chamar de “Taninha”, eu não me importo acho até carinhoso, mas não gosto que me chamem de “baixinha”, porque tudo é uma questão de percepção, não tem salto plataforma que me deixe mentir.
Não estava em meus planos me casar e ter filhos, mas em 2000, casei. Os filhos não quiseram vir, tentei, mas não deu. O que foi até bom porque não tenho muita paciência com crianças, não que eu não goste delas.
Veja bem! Acho lindas aquelas crianças em capa de revista, nos comerciais de TV, vivendo altas aventuras no cinema, fora os meus sobrinhos superfofos. Mas, eu prefiro ter cachorros.
Mais que uma escolha, uma paixão
Me apaixonei pelo universo canino, educação, adestramento, cama, bebedouro, potes, brinquedos, petisco, ração, tapete higiênico, lacinho, sapatilhas, banho, tosa, guia, peitoral, criador, adoção, veterinário, vacina, educação e organização.
Organizei a vida dos meus cães de tal maneira que, quando a jovem Pucca chegou, percebi que tinha um desafio e tanto para enfrentar, transformar aquela linda “selvagem” numa cachorrinha fofa, educada e organizada como os outros. O que não quer dizer que eles sejam perfeitinhos, uns robozinhos, fazem tudo certinho, nunca comentem erros, não me tiram do sério as vezes…Não, nada disso!
Como todo cão, dão trabalho sim, e pequenos acidentes acontecem.
Do livro ao blog: o caminho que me trouxe até aqui
Minha vivência com eles, o que aprendi sobre amor incondicional, companheirismo, amizade, paciência, dedicação, persistência e disponibilidade, as coisas que pesquisei, estudei, apliquei, o que deu certo ou não. Tudo já me fez pensar em escrever um livro.
O conteúdo principal seria sobre a Pucca, tudo que passei com ela naqueles 30 dias iniciais de provação, já seriam fortes argumentos para tal. Pois na época cogitei a possibilidade de vendê-la para outra pessoa, tamanhas foram as coisas que ela fazia e me tiravam do sério.
Mas respirei fundo, lembrei de tudo que ensinei aos outros, e com muita paciência, amor e dedicação que só uma mãe teria, consegui o resultado esperado. Não foi fácil, mas valeu a pena o aprendizado, pois hoje ela é uma fofura em “pessoa”.
Foi a “maternidade canina” que mudou meu rumo profissional, a via empreendedora eu já tinha.
Vinha atuando com organização de residência e empresas havia 8 anos, mas o trabalho de lidar com pessoas apegadas à suas coisas, além do cansaço físico e mental que a função exige, mais as tarefas domésticas, o cuidar dos cães, as atividades físicas, os assuntos pessoais, era um tanto quanto demais pra mim.
No início de 2016, após pesquisar sobre a possibilidade de empreender pela internet, descobri os cursos online, que me ensinaram coisas como lançamentos, redes sociais, infoprodutos e marketing digital.
Nas sessões de terapia, nas conversas com amigos e colegas de cursos, o meu negócio digital foi se definindo.
Evoluí da ideia do livro para a concepção do blog, onde, ao invés de um conteúdo estático, eu posso ter uma trabalho contínuo escrevendo sempre, sobre diferentes temas que envolvem este universo, e criando um canal de troca com outras pessoas que também vivem a mesma realidade. Assim, além de artigos, vídeos e outros posts eu poderei também escrever livros, fazer cursos, consultorias e outros trabalhos relacionados com a organização da vida canina. O Organizar Cão passou a ser o centro de toda essa atividade, onde transformo minha grande paixão em trabalho.
Cão feliz e saudável tem uma vida organizada
Quero mostrar às pessoas a importância de proporcionar uma vida organizada ao cão, para que eles sejam felizes e saudáveis. Precisamos entender que o cão tem demandas próprias, dá despesa, trabalho, exige paciência, dedicação e respeito. É importante cuidar com muito amor e carinho desses seres maravilhosos, que enchem nosso lar de alegria, companheirismo, amizade e muito amor, um amor incondicional.
Vejo pessoas comprando os bichos como se fossem objetos que não precisam de nada mais além do pote de ração e água, um lugar para dormir e outro para as necessidades fisiológicas.
Mas ter um cão em casa vai muito além disso.
Os fofíssimos filhotes crescem, ocupam espaço, exigem atenção, cuidados e companhia. Costumo dizer que são meus eternos bebês . Não adianta ter um cão em casa e ficar o dia todo fora. Ele vai sofrer muito. Assim como deixá-lo preso na varanda o tempo todo. É preciso entender que há condições primordiais para a qualidade de vida do cão, e é preciso avaliar se sua família cumpre estes requisitos.
Uma escolha consciente, que traz muitas responsabilidades
Acredito que uma pessoa bem informada e consciente tenha totais condições de se tornar um tutor responsável, admirado pelos outros ao seu redor, amado e respeitado pelo seu cão.
Transformando o mundo num mundo melhor para todos, humanos e animais.
As famílias que não se preparam para ter um cão em casa são aquelas que os abandonam quando viajam de férias, quando mudam de casa, quando nascem seus filhos, ou quando os cães ficam velhos ou doentes, e dão trabalho demais.
Por isso dói muito saber dos maus-tratos e abandonos, da negligência e pouco caso com a vida de um cão. Os cães mimados e mal educados, a falta de cuidados, tudo isso são sintomas de problemas que são relativamente fáceis de serem resolvidos, mas exigem algumas atitudes que passam pela organização e educação canina, o lema do blog. Não é fácil ver tudo isso e ficar de braços cruzados. E eu, não vou ficar!
Quero que os cães tenham uma vida organizada e que sejam educados o suficiente para frequentar restaurantes, pousadas, hotéis e a casa de um parente ou amigo.
Cães que têm uma vida organizada são mais felizes, e bem-vindos em qualquer lugar!